sábado, 5 de abril de 2008

Uma longa espera

Uma longa espera,
anciões recebendo e esperando,
música suave,
O silêncio se faz,
Mas, o que me chamou a atenção foi mesmo que ninguém ouvia uma só palavra da melodia,
que em uma de suas frases dizia:
Que eu nunca vou te esquecer.
Terna ilusão!
Papeis caídos ao chão, às vezes voavam como pensamentos largados,
dissipados,
Era simplesmente, pedaços de vidas sentados à mesa.
Um diálogo incessante,
os transeuntes mal se olhavam,
que mal se olhavam.
havia um gato sempre ao pé da mesa de um dos anciões,
na entrada da casa, como se fosse o mordomo ou qualquer coisa igual.
No máximo dava uma volta em sentido horário no pé da mesa,
mas sempre quieto e atencioso a todos que ali chegavam,
era sempre uma rabadinha por entre as pernas do sujeito,
uma rabadinha como se fosse, um boa tarde vamos entrando!!
Sempre torcendo o nariz, por causa da fumaça de cigarro ou do cheiro da bebida.
Entre uns goles e outros, o designer permanecia o mesmo.
Assim que a temperatura aumentava,
A decoração embaçada e o cheiro ardente também aumentava.
A nobre ilustração das paredes era disputada entre imagem de santos, troféis de futebol e algumas garrafas que, pela expressão já amareladas, fizeram questão de chorar a maresia ,
fuligem escorrendo parede afora,
ninguém via(...)
ouvia(...) Como se fosse inútil não querer o amor que se tem.
somente falavam(...)
que queres tu de mim?
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