
Atrás das orquídeas
Um sonho de lágrimas
Sem comparações e nada de alarde
O oceano alenta dilatando belas e doces flores
Sem lua
tu me pediste que não chorasses aquele vulcão
Que viria a cavalo sem lastimares
Na cor do rio
Na rocha esculpida
Fascinando as libélulas
Mantendo o brilho
Voando sem asas
Imitando a revolução das células
Cumprindo o programa num combate amoroso
Buscando na profundeza reiniciar esta interminável subida
Acessando um ciclo nostálgico.
Enfim a noite vital se acalma
Se transforma numa película subentendida
Tentando atingir o sistema de partículas uniformes.
Pois não é tão fácil perder a razão
Assim corre a noite num espaço vazio
Recriando corpos levados ao rio.