
Havia um descanso solitário
sem arvores
araucárias
Até imaginei estar no Paraná
Nas curvas da estrada em trilhas profundas
sem cotas
sempre uma arvore entre rios
postes era o desenvolvimento de nossas divisas.
Numa viagem longa
Pouso Alegre passava e cercas ficavam
Nos cortes da estrada
águas corriam
O sol se escorria
Na sombra dos pássaros
Que capoeiras avistavam
Na terra cravada por grades ou bois
Ali se saía o alimento da estação
Que seria vendido
Então catirado
Ganhou nome está tela de Leme a Gerais.
No caminho das artérias elétricas
Espalhadas nos céus das florestas
montanhas navegavam em veículos apressadamente
Imaginando um sonho que você tinha dito
Mas não havia sentido
Se ninguém merecia
A vida tem destas compensações
O canavial fica cortado aos ventos
Entre cinzas freqüentes
da neblina que no vale se dava ao luxo horizontes(....)
Entre serras nevava os meus pensamentos
Do gelo da terra se via o silêncio
como borboleta
jorrando poesia(...)